27 jun

A primeira Biblioteca Comunitária Ler é Preciso localizada em aldeia indígena completa 1 ano

Em 2015, o Ecofuturo implantou a sua primeira biblioteca comunitária em terras indígenas, com o patrocínio da Valmet, apoio da Prefeitura Municipal e participação da comunidade. A Biblioteca Comunitária Ler é Preciso de Grajaú, no Maranhão, está localizada no Centro de Ensino Indígena Djalma Marizê Filho, na aldeia Morro Branco.

Grajaú é um dos 20 municípios mais populosos do Maranhão e fica a cerca de 500 quilômetros da Capital, São Luiz, e a cerca de 200 quilômetros de Imperatriz, segunda maior cidade do Estado. Seu nome é derivado do termo tupi “karaîá’y”, que significa “rio dos Carajás”. E a história de Morro Branco teve o início no século XX, quanto os índios Tentehar vinham das aldeias vizinhas para trabalhar na confecção de canoas e deixavam suas famílias esperando nesse morro.

Na década de 1970, com o surgimento da demanda por artesanato indígena, algumas famílias começaram a ficar por lá durante os meses de mais movimento e construíram casas permanentes. A Fundação Nacional do Índio (FUNAI) considerou a área como indígena e os Tentehar adquiriram legítimo direito de posse.

A biblioteca batizada de “Judite de Souza Lima” recebeu esse nome em homenagem a uma índia guerreira e caridosa. A escola, onde a unidade está instalada,possui quatro salas de aula que funcionam em regime multisseriado, com turmas de educação infantil ao 9º ano. O local ainda serve de sede para todas as atividades sociais da comunidade e àquelas relacionadas à saúde e educação, e recebeu, por meio do Projeto Ler é Preciso, do Ecofuturo, a doação de 1000 livros de literatura, mobiliário, dois computadores, impressora, TV e Blu-ray, que compõem o espaço da biblioteca.

 

Durante o processo de implantação da BC, que durou dezoito meses, foram realizadas as etapas de articulação com o Poder Público para negociação de contrapartidas e assinatura do Termo de Parceria junto à Prefeitura, mobilização comunitária para o empoderamento do cidadão, e a formação de cerca de trinta representantes da comunidade e professores em gestão de biblioteca e promoção de leitura. A Prefeitura, por sua vez, foi responsável pela reforma, manutenção física, atualização do acervo e contratação dos funcionários.

 

Ficha Técnica

Data de inauguração: 25 de junho de 2015.

Funcionamento: segunda a sexta-feira.

Responsável: Virgulino Bento Neto Alvarenga.

Nome da biblioteca: Biblioteca Comunitária Judite de Sousa Lima

Local: Centro de E. I. Djalma Marizê Filho – Aldeia Morro Branco, Grajaú – MA

CEP: 65940-000

Comentários

  1. Tenho interesse de abrir uma biblioteca na comunidade indígena karajá Xambioá, no município de Santa Fé do Araguaia – TO
    Por onde devo começar?

    1. Olá, Maria! Agradecemos o seu contato e parabenizamos pela iniciativa! O Instituto Ecofuturo é uma organização sem fins lucrativos, criada e mantida pela Suzano Papel e Celulose. Atuamos desde 1999 nas áreas de educação e meio ambiente, desenvolvendo projetos a fim de contribuir com o despertar da consciência socioambiental, conservação da biodiversidade e promoção de leitura e de bibliotecas. Todos os nossos projetos são realizados com financiamento da iniciativa privada ou pública, por isso não dispomos de recursos próprios.

      Assim, sugerimos que você procure a Secretaria de Educação/Cultura do seu município para apresentação do projeto, ou então que entre em contato com empresas que financiem ou patrocinem projetos.

      Você também pode, como cidadão, solicitar a construção de uma biblioteca em sua cidade diretamente com o Poder Público. Acesse o site da campanha Eu Quero Minha Biblioteca (www.euquerominhabiblioteca.org.br) e saiba como fazer essa solicitação. Um abraço! 🙂

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