28 ago

EM NOME DO PAI

As famílias mudaram. Não são mais como eram antigamente. O formato tradicional de mãe, pai e filhos agora contam com novos personagens. Inclui: marido da mãe (padrastro), esposa do pai (madrasta), filhos da esposa do pai misturados com filhos do marido da mãe, dois pais, duas mães… Hoje a mulher acumula, no mínimo, duas jornadas: no mercado de trabalho e em casa, onde acumula tarefas de antanho. Ou seja, a antiga divisão de tarefas, onde a mulher cuida da casa, e os homens cuidam de ganhar dinheiro, são coisa do passado. Ela vai a luta, ganha dinheiro, chega em casa, faz o jantar, checa a lição dos filhos, brinca, dá bronca, dá banho, lê histórias, põe para dormir e precisa (e quer), obviamente, dividir essas funções com o homem.

É, o "mundo mudou". Mas só semana passada o professor de enfermagem Marcos Antonio Mendonça Melo, de 36 anos, se tornou o primeiro pai biológico a ter licença-paternidade de quatro meses (leia a notícia completa na reportagem da Folha de São Paulo, clicando aqui).

Nada mais justo, sustentável. O pai é personagem fundamental nesse quebra-cabeças de construir emoções, saberes e habilidades para que pequenos seres humanos tornem-se protagonistas dessa nova história de cuidados no planeta. E daí cabe bem a alternância e conjunção dos papéis: provedor, cuidador, contador de histórias, responsável pela lição e/ou todas as anteriores.

Na Finlândia, há a licença paternidade/maternidade de três anos: pai e mãe se alternam na tarefa de cuidar deste anos já cientificamente comprovados como vitais para a criança.

Logo, embora conquista recente e meritória, já merece reflexão a licença maternidade de seis meses, à qual as instituições aderem por liberalidade e recebem incentivo fiscal. Desde 2008 é permitido deduzir do Imposto de Renda Pessoa Jurídica o valor integral dos dois salários a mais pagos à mãe (para obter o incentivo, é preciso se cadastrar no programa Empresa Cidadã por meio de requerimento disponibilizado no site da Receita Federal).

Se homem e mulher querem e planejam ter filhos, porque cabe apenas à mulher negociar a licença maternidade? Novos rumos demandam novas respostas.

Afinal, de acordo com o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), criado há 22 anos, é dela, da criança, o direito à família.

Você já pensou nisso? Qual foi o papel do seu pai na sua vida? E como os pais podem e devem contribuir para a educação para a sustentabilidade? Pense nisso.

 

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