20 jul

Livros podem nos dar asas para liberdade e, ao mesmo tempo, proporcionar o sentimento de inserção e pertencimento

Os livros podem nos fazer viajar e contribuir para transformar nossas vidas e enxergar o mundo pelos olhos dos outros. Eles podem também contribuir para que nos sintamos inseridos. Extremamente conscientes disso, os profissionais da Biblioteca Comunitária Ler é Preciso de Magé (RJ), Professora Elzira Bastos Amaro, pensaram em um projeto que englobasse essas questões e criaram “Os contos que eles contam e os que nós contamos: rompendo com histórias únicas”, que levou o segundo lugar no 6º Prêmio Ecofuturo de Bibliotecas.

Com orientação do departamento pedagógico da Secretaria de Cultura e Educação de Magé (SMEC), buscaram ressignificar e dar amplitude para o cardápio de literatura infanto-juvenil, mostrando para as crianças e jovens como se encontrarem e se reconhecerem, e que o belo não está apenas nos padrões preestabelecidos por grandes autores internacionais.

Aproveitando o fato de estarem dentro de uma escola, a biblioteca desenvolveu um projeto que atuasse de maneira interdisciplinar e valorizasse culturas que estão presentes na formação do povo brasileiro, como os povos indígenas e africanos. A ideia era mostrar que a leitura pode contribuir para uma educação inclusiva e que abarque a diversidade em sua amplitude.

O primeiro passo foi a catalogação do acervo e identificação das obras que estivessem relacionadas à proposta do projeto. Logo depois, a equipe começou uma verdadeira revolução na biblioteca, que envolveu a realização de oficinas, saraus, mudanças de ofertas de livros para os alunos (saindo dos clássicos como Branca de Neve, Três Porquinhos e Patinho Feio, e ampliando as opções com títulos como Cadê, de Graça Lima, e Menina do Laço de fita, de Ana Maria Machado), atividades que resgataram a memória do município e seus personagens (contando com a participação e colaboração das famílias dos estudantes), entre outras tantas.

Foram 22 atividades em nove meses de projeto, envolvendo 200 pessoas entre alunos, professores, funcionários da escola, parceiros da biblioteca, comunidade escolar e familiares dos estudantes.

Parabéns Magé pela belíssima proposta de resgate da identidade local utilizando a promoção de leitura como meio! 

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