29 nov

Parceria com a CPFL Energia leva Biblioteca Comunitária a Bebedouro

Bebedouro fica ao norte do estado de São Paulo, na região de Ribeirão Preto, e possui 75 mil habitantes. A cidade registrou um IDH de 0,780 nas últimas pesquisas do IBGE (segundo o IPEA, a média nacional é de 0,727), e tem uma taxa de alfabetização de 97%. É lá que o Ecofuturo irá implantar uma das três novas Bibliotecas Comunitárias com investimento da CPFL Energia, por meio de recursos do subcrédito social do BNDES.

A biblioteca vai funcionar na escola EMEB João Pereira Pinho, que fica no Jardim Tropical, o segundo maior bairro da cidade. A escola tem 404 alunos e já conta com uma sala de leitura com mais de 4 mil títulos, mas a comunidade ainda não possui acesso. Além disso, não há uma equipe devidamente capacitada para atuar na promoção de leitura no local.

A principal vantagem apontada pelo colégio com a vinda do projeto é que a comunidade também poderá utilizar a biblioteca e a unidade irá atender diretamente a cerca de 800 alunos de outras três escolas infantis da região. Hoje, a biblioteca mais próxima está a 3 km do bairro, no centro da cidade. O novo espaço de leitura poderá atingir um público de cerca de 5 mil pessoas, considerando os moradores do Jardim Tropical e região do entorno.

O Instituto Ecofuturo realizou, no fim de setembro, a mobilização comunitária, etapa que tem como objetivo, além de apresentar o projeto à comunidade e conhecer suas necessidades, escolher dois interlocutores que passarão a acompanhar de perto e fazer parte de todo o processo, tornando-se atores importantes no controle e fiscalização da implantação e do bom funcionamento do espaço, depois de inaugurado. No total, cerca de 200 pessoas, entre professores, pais, alunos e gestores de escolas do entorno, além de moradores da região, participaram do encontro.

Uma das moradoras que se propôs a ser interlocutora, Josiane Cristina dos Santos Araújo, sempre foi apaixonada por livros e aproveitou a oportunidade para ajudar a disseminar esse gosto para a comunidade. “Quando meus filhos me contaram que teriam uma nova biblioteca na escola, eles ficaram muito animados e me incentivaram a participar. Acredito que quando mostramos para a criança a importância e os benefícios que a leitura traz, ela vai crescer e se tornar um cidadão mais bem-educado e consciente de seus direitos. Tudo isso se torna possível por causa dos livros. Esse é um projeto que vai beneficiar muito a minha comunidade e toda a sociedade”, conclui.

A Superintendente do Instituto Ecofuturo, Marcela Porto, acredita que a existência de bibliotecas em escolas constitui-se em uma das primeiras oportunidades concretas de acesso à leitura e a livros de literatura para a maioria das crianças que ingressam no ensino público. “A leitura é porta para o autoconhecimento e, por meio dela, formamos cidadãos mais críticos, conscientes de suas próprias escolhas e da sua responsabilidade com o meio onde vivem e com todas as vidas que o habitam. A participação das comunidades do entorno no processo de implantação da Biblioteca Comunitária é fundamental para que possam imprimir sua identidade e se apropriar do espaço”, finaliza.

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