26 ago

TROPA DE ELITE DO PROFESSOR NASCIMENTO

Todos que frequentam a escola já ouviram falar de sustentabilidade uma vez na vida. Sem entrar no mérito de bom ou ruim, crianças e jovens em algum momento já discutiram reciclagem, lixo, queimadas, importância das florestas… Mas e nas universidades? Por que achar que o tema é algo para ser pensado apenas no Ensino Fundamental e Médio?
“Refletindo sobre o papel que as universidades exercem hoje e o que elas poderiam exercer, resolvemos perguntar aos alunos de graduação da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EA/UFRGS) o que a nossa Escola poderia fazer para conscientizar um maior número de pessoas sobre os problemas relacionados à sustentabilidade. Ou seja, como as pessoas que estão fora do meio acadêmico poderiam se apropriar do conhecimento gerado nas universidades e das boas práticas que existem no Brasil e no mundo”, diz o professor Luis Felipe Nascimento, autor do projeto “2020 Sustentável”, vencedor do 2° Prêmio Ecofuturo de Educação para Sustentabilidade.
Estar na graduação é uma oportunidade única de estar em contato com a diversidade do pensamento. Lá, a gente aprende que nenhuma verdade é absoluta (diferentemente de quando a gente é treinado para o vestibular) e que há sempre alguém pensando diferente, e é isso que faz o mundo andar pra frente. E para construir esse pensamento, é preciso beber em diversas fontes de conhecimento, ou seja, na tão famosa transversalidade. Mesmo assim, com essa terra fértil nas mãos, são poucas as graduações que incluem a sustentabilidade como tema transversal. Assim, já formado, ao final de quatro ou seis anos, quando ingressarem no mercado de trabalho certamente não terão repertório e habilidades desenvolvidos para atuar profissionalmente de forma convergente com as demandas da sustentabilidade do planeta. São os novos problemas do presente sendo pensados com as velhas ferramentas e habilidades do passado. Como mudar esse quadro?
O professor Nascimento formou uma tropa de elite de combate à falta de informações e de ações em prol da sustentabilidade de sua comunidade: “Eram muitas ideias querendo entrar em ação, mas faltava ainda um ponto fundamental: quem iria simplificar o complicado? Quem iria transformar a linguagem cientifica numa linguagem amigável, popular, sem perder a essência do conteúdo? Como a pós-graduação é quem desenvolve pesquisas mais aprofundadas, produzindo dissertações e teses, entendeu-se que os alunos da pós poderiam fazer a tal ‘tradução’, de escrever as coisas complicadas numa linguagem simples. Caberia então aos alunos da graduação o papel de difundir as informações simplificadas, num formato amigável, para a população”. O projeto completo pode ser lido na íntegra no livro Saber Cuidar 2, disponível em nossa Biblioteca Virtual.
E você, professor universitário, já pensou que está em suas mãos formar cidadãos que saibam como traduzir a sustentabilidade em ações concretas no dia-a-dia de trabalho? “Missão dada é missão cumprida”, como diz o personagem Capitão Nascimento no filme “Tropa de Elite”.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Deixe seu comentário